Uma das atrizes mais prestigiadas da atualidade, esteve pela primeira vez no Brasil no último domingo, 18, para a divulgação do seu no filme: A Mulher Rei, no qual atuou como protagonista e diretora executiva.
Na obra, a atriz interpreta a General Nanisca, líder de Agojie, um clã de guerreiras composta unicamente de mulheres com o intuito de proteger o reino africano de Daomé nos anos de 1800. O longa inspirado em acontecimentos reais, mostra a protagonista treinando suas mulheres para a batalha que se aproxima.
A vinda para o Brasil teve um significado importante para a atriz, já que para ela, o país teve uma importância histórica para o contexto do filme. Isso se dá pelas origens africanas que temos em nossa cultura brasileira – considerando que os africanos vieram para cá como escravos. “Atualmente, existem inúmeros descendentes de povos originários africanos no Brasil. Nós podemos dizer que os dois países são interligados pela história”, concluiu a atriz.
Viola Davis é uma grande ativista da representatividade de mulheres negras no cinema como protagonistas, e reforça o impacto positivo do filme para o público.
“Senti A Mulher Rei era uma história importante, porque me vi nela”, comenta Davis. E o desejo da protagonista é que mais mulheres negras se enxerguem de um jeito que elas nunca se viram antes, em destaque.
De acordo com o produtor Julius Tennon, o filme demorou 7 anos para sair do papel, já que como havia pouca coisa sobre Agojie, foi preciso muita pesquisa detalhada.
“Os desafios de desenvolver um filme sobre pessoas com cor sempre são mais difíceis. É preciso ter muito foco, persistência e pensar ‘É isso que queremos fazer e é assim que deve ser feito’. Esse filme, por exemplo, pode gerar uma mudança [na história do cinema] que todos queremos ver“, disse durante a coletiva.
O longa está disponível no cinema de todo o Brasil desde o dia 22 de setembro.
Por Victória Santos