Filme traz Claudia Ohana e Silvero Pereira e resgata hits musicais dos anos 80
O cineasta paulistano Lufe Steffen, conhecido por seus trabalhos dentro da temática LGBT+, sendo o mais aclamado seu documentário “São Paulo em Hi-Fi”, lançado em circuito comercial em 2016, volta aos longas-metragens com um projeto inusitado: “Nós Somos o Amanhã”: um musical alucinante filmado em 2018 e que acaba de ser finalizado. Para celebrar o fato, a produtora e distribuidora Descoloniza Filmes lança um teaser do filme neste 1º de junho (quinta-feira). A data foi escolhida por abrir as comemorações do Mês do Orgulho LGBT+, que abrange todo junho.
O filme se passa na década de 1980, focando o universo escolar, onde um grupo de alunos tenta sobreviver ao bullying, perseguidos por questões de etnia, gênero, sexualidade, forma física e comportamento. É quando a professora musical e futurista Clara Celeste (Claudia Ohana), uma mistura de Rita Lee e Xuxa, com pitadas de Madonna e Cindy Lauper, aterrissa para mostrar que tudo pode ser diferente. Ao experimentarem o empoderamento, tais personagens se unem e finalmente conseguem viver suas identidades com liberdade. Mas os monstros do conservadorismo estão de olho. Conseguirão nossos heróis vencerem a batalha contra a intolerância?
O filme conta com participações especiais de astros convidados: além de Claudia Ohana, que acaba de completar 60 anos (assim como Xuxa, uma das artistas homenageadas na trilha sonora do filme), e atualmente na tela na novela global “Vai Na Fé” (2023) das 19 horas, participam também o cantor Rico Dalasam, popstar da nova música queer brasileira, e Silvero Pereira, ator e cantor consagrado na TV (esteve no remake de “Pantanal” em 2022) e no cinema (em “Bacurau”, 2019).
“É um filme que denuncia o bullying escolar, a LGBTfobia, a gordofobia, o racismo, a misoginia, a nerdfobia e todas as formas de censura, preconceito e intolerância, e em resposta, defende a liberdade de cada um ser o que é, sem medos”, comenta Lufe. “Embora esteja situado na década de 80, não é sobre o passado, mas sim, olha para o nosso presente e futuro. O que conseguimos construir? O que vem agora? Como diz um dos personagens: o mundo não é justo, mas devemos acreditar na possibilidade de mudanças”.