Publicado em 28.07.2023
Recorde de bilheteria na Broadway, musical Funny Girl ganha versão brasileira estrelada por Giulia Nadruz e Eriberto Leão

O clássico dos musicais Funny Girl está prestes a ganhar uma versão brasileira assinada por Bianca Tadini Luciano Andrey, dirigida por Gustavo Barchilon e produzida pela Barho Produções em parceria com a 7.8 Produções Artísticas.

 O espetáculo estreia no dia 18 de agosto no Teatro Porto em São Paulo, onde segue em cartaz até 8 de outubro, com apresentações às sextas-feiras, às 20h, aos sábados, às 16h30 e às 20h, e aos domingos, às 15h30 e às 19h. Em seguida, o musical viaja para o Rio de Janeiro e faz temporada no Teatro Casa Grande. 

Estreado em 1964, Funny Girl tem trilha de Julie Styne, letras de Bob Merrill, texto de Isobel Lennart e foi originalmente estrelado pela grande cantora e atriz Barbra Streisand, que também deu vida à protagonista da história na adaptação para o cinema dirigida por William Wyler em 1968. 

Recentemente, o musical ganhou uma nova versão americana que acaba de virar um recorde de bilheteria na Broadway. A montagem é protagonizada por Lea Michelle (que vive papel dos sonhos da sua personagem no seriado Glee, pelo qual a atriz ficou conhecida). 

A atriz escolhida para viver o papel da protagonista Fanny Brice na versão brasileira é a jovem Giulia Nadruz, que, com apenas 31 anos, tem em seu currículo musicais como West Side Story, O Fantasma da Ópera, Barnum-o rei do show, Tick Tick Boom!, Ghost e Shrek. 

Já o seu par na trama, o jogador Nicky Arnstein, é vivido por Eriberto Leão, que encara pela primeira vez um musical da Broadway. Os dois foram escolhidos em um longo processo de audições bem concorrido, que durou duas semanas e contou com mais de 500 candidatos. 

O elenco conta ainda com nomes como Stella Miranda (vivendo Rose Brice) e Afonso Monteiro, Alessandra Vertamatti, Alice Zamur, André Luiz Odin, Arízio MagalhãesCárolin von Siegert, Dante Paccola, Eriberto Leão, Fábio Galvão, Gabi Germano, Marcelo Góes, Mariana Fernandes, Martina Blink, Mattilla, Nábia Villela, Rodrigo Garcia, Rodrigo Varandas, Talihel, Vânia Canto e Yasmin Calbo

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O espetáculo, que se passa na época da Primeira Guerra Mundial, acompanha a trajetória da jovem judia Fanny Brice, que morava no Lower East Side e sonhava em ser uma atriz famosa. Ela consegue seu primeiro emprego no Vaudeville, mas sua mãe, a Sra. Rose, tenta dissuadi-la da carreira no show business alegando que a filha não tem uma beleza padrão. 

Ajudada e encorajada pelo jovem dançarino Eddie Ryan, ela logo vê sua carreira decolar, começa a explorar o humor em suas apresentações e se torna a estrela de Ziegfeld Follies. Certo dia, ela conhece e se apaixona pelo jovem

Nicky Arnstein, um jogador compulsivo. Mas enquanto Fanny ascende em sua carreira, o relacionamento deles se deteriora. 

Para Gustavo Barchilon, que se lembra com carinho das músicas de Funny Girl interpretadas por Barbra Streisand desde a infância, pois sua família as reproduzia em casa, o musical transcende a questão do feminismo e fala sobre o poder da mulher. 

“Quando falamos que a Fanny Brice estava à margem dos padrões, estamos nos referindo a uma época em que a mulher não tinha voz e ela era aquela menina que, desde o começo, disse que seria uma estrela. Uma mulher que já se posicionava e que chegou aonde chegou, é completamente fora dos padrões daquela época. E até hoje estamos discutindo sobre feminismo. Trazer uma biografia feminina e mostrar como existem mulheres poderosas há muito tempo me interessou bastante”, comenta Barchilon. 

O diretor conta que a versão brasileira busca adaptar a obra para a nossa realidade atual. “Acho que os clássicos precisam ser revistos, porque tem muitos espetáculos que hoje em dia são politicamente incorretos. E o Funny Girl também tinha alguns pontos assim. Eu sugeri algumas adaptações, expliquei para os detentores dos direitos do espetáculo o porquê estava fazendo isso e eles aceitaram e ficaram curiosos para ver as mudanças. Quem me conhece também sabe que, por mais que a peça se passe em outro lugar ou outra época, busco sempre trazer alguma coisa brasileira”, diz. 

Ele ainda explica que nessa adaptação procurou mesclar aspectos da versão original do musical com o filme e outras referências. “Nossa versão é completamente original. Nós acrescentamos e cortamos o texto, inserimos músicas do filme, colocamos músicas que estão na montagem atual em cartaz na Broadway. Além disso, a nossa é a primeira montagem que se passa em um só ato. E toda essa mistura ainda tem um toque brasileiro, né?”, acrescenta. 

A montagem tem alguns números grandiosos: são mais de 400 peças de figurino, 35 perucas e uma orquestra com 14 músicos. “Eu não teria como trazer um espetáculo de Julie Styne pro Brasil sem uma orquestra primorosa – o que já foi feito em Gipsy. E o legal é que conseguimos com tudo isso montar um espetáculo clássico que se comunica com os dias de hoje”, comenta o encenador. 

Sinopse 

“FUNNY GIRL – A GAROTA GENIAL” conta a história de Fanny Brice, uma jovem judia tratada como patinho feio pelos demais. Sonhando com o estrelato e a fama, ela rouba a cena em show local e é contratada por um famoso produtor que resolve investir em sua carreira. Já reconhecida por seu talento nos palcos, Fanny se apaixona pelo jogador compulsivo Nicky. Logo se casam, mas enquanto a carreira da atriz e cantora prospera, o relacionamento dos dois se deteriora. 

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