Publicado em 10.06.2022
HODARI lança álbum de estreia com participações de Luísa Sonza, BK, Luccas Carlos, Vitão e MIKUYM

Entre inéditas e sucessos da carreira, compilado de 13 faixas traz mix de estilos e expõe toda a personalidade do artista em seu primeiro álbum

Um artista de verdade não aceita um sim como resposta. Mesmo quando são 80 milhões de sins, como no caso de Hodari, ao estourar com seu primeiro single autoral até três anos depois desembocar neste belíssimo álbum de estreia, que leva o próprio nome.

No caso, o single de estreia, “Teu Popô”, fecha o álbum. Só que “HODARI”, o disco, traz mais 12 outros pedaços que contam a história do artista nascido em Brasília e sediado em São Paulo – ouça aqui. O lançamento do novo projeto – que sai nesta sexta-feira (10) pelo selo slap, da Som Livre – chega ainda com o clipe da faixa “SEM MÉNAGE”, disponibilizado no canal oficial do artista no YouTube na mesma data – assista aqui.

Essa história passa por funk, soul, samba, bolero, hip hop, pagode, sons africanos e latinos, reggae e R&B. Na trajetória pessoal, por uma infância de avós, cariocas, que se mudaram para ajudarem na construção de Brasília, tendo avô arquiteto e artista plástico e avó pianista e estilista. HODARI (nome de batismo, que significa dignidade em zulu) absorveu de ambos os avós e correu por bandas, desenhos, tatuagens e moda até chegar à carreira solo musical.

Foi em 2018 que veio “Teu Popô”. Ele contradisse a regra de ouro de tudo o que não é música de Carnaval e lançou-a durante a festa daquele ano – a canção cresceu organicamente e quando ele fez remix para canal de rap, ejetou-a como foguete até os tais 80 milhões de views.

Já era hora de descer um pouco a estrada e ele pousou em São Paulo, foi se apresentar no Rio de Janeiro junto a Marcelo D2 e do palco foi convidado para formar a banda que integraria a turnê de “Amar é Para os Fortes”, do artista carioca.

Continuou compondo, voltou para São Paulo, onde tocou com o racional Edi Rock, com Di Ferrero (dois feitos, já que tivera bandas de emo a reggae em Brasília) e fincou bandeira com um EP no final do ano passado.

“A pandemia acelerou o processo de composição, e entre Brasília e São Paulo formei o que é este álbum”, diz.

Nas 13 faixas, HODARI trafega pelas mais diversas vertentes.

“SIGNOS” abre com uma guitarra sacana à Nile Rodgers e deixa o som desaguar em Funk robusto e dançante. “KAMASUTRA BABY” faz uma curva para o Hip Hop e para sonoridade urbana que marca boa parte do decorrer do trabalho.

“S.E.X.O.” segue nessa toada, enquanto “SEM MÉNAGE” aponta para MPB e “SIRICUTICO” desemboca o arsenal em samba e pagode.

Os convidados são casos à parte. Luccas Carlos ativa o Trap junto ao Hip Hop em “SOL RAYO”, assim como Vitão em “ATMOSFERA” e MIKUYM em “JOVEM”, com pegada de pop explícito na última. BK ajuda na métrica Rap de “TUDO PRO AR”.

“PRAYA E SOL”, “AMOR DE CARNAVAL” e “TEU POPÔ” fizeram parte do EP e são amigas do ouvinte. Por fim, a faixa “EMBARCAÇÃO DO AMOR”, com Luísa Sonza, aparece para deixar um gostinho de quero mais.

“Eu miro a longevidade da minha carreira. Álbum é uma verdadeira peça de arte, uma obra. É minha maior realização como artista até hoje”

Hondari sobre o lançamento do álbum

Entre os convidados Luísa Sonza, BK, Luccas Carlos, Vitão e MIKUYM. Entre os sons, um caldeirão de todos os estilos citados lá para cima formando um caldo quente e dançante pop como pouco se viu e ouviu nos últimos tempos no país.

“HODARI” é um trabalho orgânico e delicado também. Notam-se as texturas no entrosamento entre as composições do artista e a pilotagem de produção de dois mitos como Douglas Moda e Nave, e participação especial em “EMBARCAÇÃO DE AMOR” de Rafinha RSQ.

Nota-se, também, todo o espectro de influências e cores por onde o artista trafegou durante a jornada até aqui, dos estúdios de tatuagem à formação acadêmica em design gráfico, ao trabalho como modelo e mesmo as beberagens de outras fontes.

“Meu objetivo foi filtrar pelo eu artístico. Exalar minha arte, em formato 360, já que ela vem da música mas também do cinema, da moda e de mais manifestações por onde transito”, diz, aceitando finalmente o sim do formato álbum como resposta.

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