Publicado em 02.07.2023
Duquesa apresenta seu disco de estreia, Taurus, reunindo participações de MC Luanna e Cronista do Morro

O disco completo sucede o lançamento do single duplo “Taurus” e “Ú.N.I.C.A”

“Mais fúria, fria, astuta”. É dessa forma que Duquesa abre o seu disco de estreia. Intitulado Taurus, o trabalho reflete as reviravoltas vivenciadas pela artista por meio de 8 composições, que passeiam pelo trap, R&B e pop.

O lançamento chega pela produtora Boogie Naipe, no dia 30 de junho, e sucede a sofrência do melódico EP Sinto Muito (2022). Com Taurus, Duquesa dá adeus às desilusões amorosas para dar lugar ao autoconhecimento, ao empoderamento e ao amadurecimento .

A nova persona que Duquesa apresenta com Taurus é introduzida por meio da “Intro”. Produzido por Go Dassisti, o prólogo evidencia o momento em que a artista está, e já logo prepara o público para a potência da segunda faixa. “Classudona” traz a primeira colaboração do disco, com a soteropolitana Cronista do Morro, amiga de longa data de Duquesa. “Eu e a Cronista nos conhecemos há anos e, quando estava pensando nessa letra, só conseguia pensar nela. ‘Classudona’ é um som potente e agressivo e ter a Cronista amplifica isso”, comenta  Duquesa.

MC Luanna, por sua vez, participa da quinta canção, “99 Problemas”, que discorre sobre o momento de ascensão vivenciado por ambas. “Essa letra é pra deixar claro que não precisamos de um homem, temos problemas demais. Somos empresárias e artistas, e esses caras não vão conseguir nada com a gente”, afirma a cantora.

O single duplo “Taurus” “Ú.N.I.C.A” já alcançou mais de 115 mil views no YouTube (assista o videoclipe aqui) e ilustra o progresso que rege Duquesa nessa fase da carreira. “Eu não preciso de elogio, eu só me olho no espelho” é o trecho que resume a mensagem do trabalho completo, focado em elevar a autoestima por meio da aceitação dos traços naturais da mulher negra. “Big D!!!!”, sexta posição na tracklist, prolonga a conversa sobre sucesso e dá o papo reto da artista, com um beat de trap em um flow ansioso produzido por Duani e Rizzi. “Essa faixa é pra exaltar o meu corre”, resume a Duquesa. 

Complementando a narrativa, “Glória” é apresentada como uma música de resiliência. “Para sobreviver no mercado e na vida, tive que ser feroz! A faixa diz muito sobre o meu momento Taurus e como eu me entendo agora: ninguém acima de mim, ninguém melhor do que eu, eu me concentro em mim e no meu trabalho, me cuidando, estudando e trabalhando”, pontua a baiana, que, para fechar, encerra o disco com uma canção lenta sobre desacertos de um amor antigo. “Parece Um Vampiro” é símbolo de como uma frustração amorosa pode transformar um sentimento e, por consequência, o olhar da pessoa para si. 

Ao longo das 8 composições, Duquesa se entrega às feridas da vida, sendo marcada por cada acontecimento. “Tive um caminho bem longo em busca da minha autoestima, tanto de aparência física quanto em questão de trabalho. Meu ego me protege da minha autossabotagem e insegurança, e me blinda. Essa fase é para dizer, com todas as letras, ‘esta é a minha vez de falar!’”, declara ela, que, por meio do disco, promoveu um movimento contrário do esperado, para mostrar suas outras versões para o mundo. 

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