O filme começa com o que parece ser apenas uma narrativa sobre o detetive injustiçado em busca da filha desaparecida há anos.
O crime nunca solucionado repercute na imprensa. O que mais intriga é o fato do acusado não se lembrar do ocorrido, muito menos de onde escondeu os restos mortais da criança. Tudo que Danny Rourke (Ben Affleck) tem é uma ligação anônima, os poderes psíquicos de Diana Cruz (Alice Braga) e um suspeito que desarma as pessoas com a força da mente.
Ritmo eletrizante
As cenas de perseguição formam apenas a base do roteiro. A velocidade da história está submetida ao típico suspense de um enredo não linear, mas os lapsos de memória do detetive são suficientes para grudar o espectador do início até o fim. A propósito, quem disse que o início do filme é o começo da história?
Narrativa em camadas
Todo filme que questiona a percepção da realidade tende a expor uma história mais complexa do que parece. Temos um excelente exemplo disso através das distorções visuais de cenário, além dos elementos de hipnose que acentuam o clima de mistério. É um caminho bem escolhido que nos leva a lembrar que nem mesmo a nossa perspectiva da investigação é real. O roteiro conseguiu preencher a maioria dos furos, mas o fim deixa um gosto de quero mais.
Vale a pena?
Hypnotic – Ameaça Invisível é ideal para os fãs das cenas de perseguição, mistério e questionamentos existenciais. Além, claro, do público interessado em prestigiar a excelente performance de Ben Affleck e principalmente da brasileira Alice Braga.
Por Flavia Sousa