Publicado em 30.08.2023
[Crítica] Golda – A Mulher de Uma Nação: Cinebiografia retrata conflito diplomático de forma crua e sem glamour

Golda é protagonizada por Helen Mirren.

Atriz vive papel da primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Estado de Israel, a cinebiografia retrata os bastidores das tensões políticas durante a Guerra de Yom Kippur em 1973.

Diferentes caminhos, mesmos resultados

A produção narra as decisões diplomáticas, e também pessoais, da conhecida Dama de Ferro de Israel. O roteiro traça o seguinte paralelo: de um lado, as questionáveis negociações de Golda e do outro, as consequências. É sobre uma guerra que rouba, não apenas milhares de vidas, mas também a saúde da então ministra. O filme conclui que Golda não desejava ser a melhor líder para o mundo, mas com certeza foi a melhor líder para sua nação.

Guerra é um assunto que não envelhece

Ao contrário das narrativas patrióticas de Hollywood sobre conflitos armados, a produção trouxe uma proposta também presente em Nada de Novo no Front: as guerras não simbolizam glória, mas o auge da miséria humana. Mensagem cada vez mais nítida diante dos conflitos atuais, como a Guerra da Ucrânia.

Experiência da atriz eleva nível de atuação

No papel de Golda, Helen Mirren se destaca mais uma vez e prova como as décadas de atuação serviram para acentuar seu talento, principalmente em um gênero de filme tão complexo como a cinebiografia. Mirren conseguiu interpretar a Golda implacável: disposta a fazer o que for preciso para manter seu território. Mas também deu um show ao expor o lado humano da protagonista, a mulher de uma nação enfrentava sérios problemas de saúde na mesma época.

Direção: Guy Nattiv
Distribuidora: Diamond Filmes
Duração: 100 min
Classificação indicativa: 14 anos.
Filme estreia quinta-feira (31)

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por Flavia Sousa

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