O filme já estreou nos cinemas brasileiros.
Protagonizada por Giulia Benite (“Turma da Mônica – Laços” e “Turma da Mônica – Lições”), e dirigido por Paulo Nascimento (“Diário de um Novo Mundo”), o longa “Chama a Bebel” conta a história de Bebel, uma adolescente que luta em prol de causas ambientais e sociais e tem como principal inspiração a ativista sueca Greta Thunberg.
Uma antropofagia de Poliana com Greta Thunberg
Sem trocadilho, são tantos degraus que a protagonista nem sabe por onde começar. Seria interessante um prólogo mais detalhado da vida de Bebel. Apenas somos colocados para acompanhar sua nova vida do interior para a cidade grande. A produção acumula uma antropofagia do que já vimos no elenco de “Carrossel” (SBT).
A filha do antagonista é uma Regina George básica. A protagonista é destemida e motivada (ponto positivo), mas foi escrita com trejeitos que lembram uma mistura de “As Aventuras de Poliana” (SBT) com a jovem ativista Greta Thunberg. Já que mencionei a sueca, vamos ao próximo ponto.
Clichê raso e pretensioso
O roteiro busca empilhar tantas pautas ao mesmo tempo, que chega a se desequilibrar. É um malabarismo para empilhar problemas familiares, sociais, educacionais e ambientais. É inegável que de alguma forma esses assuntos se relacionam, mas como fazer isso sem deixar o ritmo pedante em uma hora e meia?
Sabia que a garota mais popular da escola vai fazer uma festa? Ei, o que você vai fazer com esse canudinho? Não esqueça que o professor pediu um trabalho em grupo sobre o meio ambiente. Quem se importa com testes químicos em cães de rua? Oh, não! Os cachorros da vizinhança sumiram! Vamos derrubar esse laboratório de uma vez por todas! CHAMA A BEBEL!
Vale a pena?
Óbvio que a proposta, apesar de falha, é pensada para o público infantil. Os mais novos provavelmente vão curtir. Esse não foi o melhor trabalho da atriz, nem do diretor, mas a história cativa por ser uma bela distração lúdica sobre meio ambiente.
por Flavia Sousa