Com mais de 30 anos de carreira, o fundador da banda Homem do Brasil lança “Tudo Sobre Amor”, em julho.
Com mais de 30 anos de carreira, Jaya Vitali segue trazendo novidades. O cantor e compositor, fundador da banda Homem do Brasil, lança oito novas músicas, num estilo que mescla pop, soul e rock. A primeira, “Tudo Sobre Amor”, será lançada em julho. “O primeiro clipe, que já está gravado, tem uma história que fala sobre coragem, confiança e se jogar na vida. Fizemos um material bem bonito e alegre fazendo um paralelo com a vida no circo”, conta Jaya.
A ideia das novas canções é trazer uma proposta de autoconhecimento e reflexão de uma forma suave, colocando o corpo para dançar. “A arte precisa de profundidade. Precisa nos fazer refletir e buscar entender mais sobre como é ser humano. E as novas músicas trazem esse sentimento”, afirma o cantor.
Carreira solo
Em 2011, Jaya deu um novo passo em sua trajetória, iniciando a carreira solo com um álbum acústico. No ano seguinte, iniciou uma turnê com o segundo disco, “Tudo De Bom”. Em sua turnê, passou pela Virada Sustentável e Festival Nacional da Canção.
Seu terceiro álbum solo, “Fronteiras Invisíveis”, chegou em 2015, com clipe e a arte para a capa trazendo reflexões sobre o amor e uma versão solo da tradicional música “Bicho Estranho”.
“O diferencial desse álbum foi o flerte do artista com a world music, usando percussões e flautas de várias regiões do mundo, trazendo essa sonoridade para músicas já conhecidas da banda Homem do Brasil e canções inéditas”, acrescenta Jaya.
Em 2018, foi pioneiro de um projeto cultural chamado Ópera Rock – “Abequar – O Homem que Voa”. O projeto foi desenvolvido no Centro Cultural Tendal da Lapa, em São Paulo, durou três meses e a ocupação artística foi lotada e elogiada pelo público. “Depois de muito tempo tocando na mesma banda e projetos solos, resolvi reunir um novo grupo e, em busca de um nome para esse trabalho, descobri a palavra Abequar, que vem do tupi guarani, e significa o homem que voa. A ideia nasceu de uma vez, imaginei como seria um indigena que escapa da tribo acidentalmente em um avião de traficantes e chega com 8 anos em uma grande metrópole. Lá, se depara com os desejos da vida moderna. Fui escrevendo até que chegou esse momento de transformar a história do Abequar em uma Ópera Rock”, explica Jaya, sobre o projeto.
Seguiu com a turnê Abequar pelas cidades de Minas Gerais, criando uma grande conexão de proximidade com o público. O artista explora temáticas sobre reflexões de mundo, sociedade e a vida, e preza pela proximidade com o público levando seus shows, projetos e vivências para lugares acessíveis buscando entrar em contato com aqueles que estão dispostos a se unir à arte.
Em 2000, criou o projeto Contatos Imediatos, com mais de 200 shows nas ruas de São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Curitiba.
Homem do Brasil
Jaya Vitali fundou a banda Homem do Brasil, em 1996, onde iniciou sua carreira. Gravou cinco discos, sendo um deles lançado pela gravadora Universal Music. A banda fugia de todos os rótulos do mercado convencional e não se definia apenas por um gênero musical, foi denominada pelos seus fãs como um Rock Zen.
A banda foi se destacando nos anos noventa, realizou shows no SESC, SESI e CCSP e encontrou o público em diferentes lugares do país. O segundo álbum veio logo nos anos 2000, onde Homem do Brasil fez participações em programas de rádio e televisão da época, teve também seus trabalhos transmitidos na MTV.
Em 2003, a banda lançou seu terceiro álbum “Bicho Estranho”. Nesse período, a banda ganhou destaque e participou do Programa do Faustão. Seguiram fazendo shows e propondo eventos públicos. Três anos depois, a banda chegou ao seu grande momento. Seu quarto álbum foi lançado pela Universal Music. A gravadora indicou o álbum ao Grammy na categoria “Melhor Álbum de Rock” e a música “Bicho Estranho” como melhor música.
Depois, de 2007 a 2010, Homem do Brasil seguiu com a turnê Bicho Estranho por todo o país e passou por grandes festivais. A banda também se destacou pelo seu engajamento sobre consciência ambiental e social, chegando a se apresentar na Fashion Week SP e Fórum Mundial da Amazônia.
Infância
O cantor tem uma longa história com a música, iniciou seus estudos musicais já na infância, com apenas treze anos. Filho de Luca Vitali, escritor, desenhista e artista plástico e bisneto do poeta António Faria e do escultor José Vitali, cresceu em um ambiente cercado de música e arte.
“Lembro de sempre ver meu pai criando em casa, nas paredes, nas telas, tinha tinta por todos os lados. Ele foi também uma influência direta para o meu apreço em poesia e trabalhos sociais. Gosto de dizer que não tive uma vida padrão e cresci com essa liberdade para criar, mas além disso, com o apego pelo acolhimento e afeto”, diz o artista. Suas letras também refletem esse posicionamento, como um trecho da música Bicho Estranho diz: “Eu aprendi que a natureza sempre sabe e escolhe o que é melhor”. E a música “Deixa Entrar” esclarece a mensagem que o artista deseja passar. Em um de seus versos, reflete o significado de amor verdadeiro. “Eu quero acreditar que o amor verdadeiro vai perdoar quando o outro errar”. Que assim será.